Ser A criança é criadora, inventa um mundo para si, colocando uma nova ordem nas coisas que estão à sua volta. Com maestria organiza e desorganiza. Constrói e destrói. Testa e experimenta diversas possibilidades. É naturalmente cientista da vida. Pesquisa e aprende com o corpo e com as sensações, com as emoções e com o cérebro. A infância se apresenta em constante movimento, traz o sabor de desconhecer o conhecido. A brincadeira, combustível da infância, é sempre um universo de descobertas, vivências, criações e aprendizados. O mundo é novo para as crianças e elas estão sempre tentando interpretá-lo.
São aprendizes ativos, buscando compreender e conhecer o que está à sua volta. Não é preciso fazer nada para quererem aprender. O desejo de compreender surge das experiências cotidianas e rotineiras. Criam muitos de seus próprios estímulos observando e, ativamente, exploram as coisas ao brincarem e viverem no dia-a-dia. O aprendizado vem junto com o prazer de desfrutar os momentos, cada qual no seu tempo. Um bebê leva a maioria dos objetos à boca porque quer aprender sobre a forma, o sabor, a textura, o tamanho e todas as características que conseguir desvendar. Em outro momento, a criança joga diversas vezes o mesmo objeto porque quer ver e aprender se vai cair e como vai cair.
Faz, repete e tenta explorar todas as possibilidades. Então, pode ser que peça para ouvir ou assistir muitas vezes a mesma história e, assim como nas situações citadas anteriormente, ela também almeja aprender. Provavelmente ainda não possui a memória desenvolvida para lembrar de toda a história mas quer apreendê-la. Esse fenômeno prossegue entrelaçado ao desenvolvimento. Há oportunidades para a aprendizagem por todos os lados ao longo da vida. Na maioria das vezes basta deixar ser.
E nós, o que queremos aprender?